é tarde. vim da galeria onde me despedi num "até já" de alguém.um "até já" que vai levar algum tempo, se calhar muito, não sei. Não quero pensar nisso. não gosto de despedidas, lido mal com a distância. prefiro desligar a ficha e fingir que me esqueço. as saudades doem.
tenho amigos longe de mim com quem raramente falo. com quem raramente contacto. e ainda não percebi porquê. penso que seja isso: se eu não me lembrar, não sinto falta. e dou por mim a puxar a ficha cada vez mais vezes. e às vezes com quem está bem perto. é mais fácil. não penso, não sinto, afasto a lembrança para longe. e sou a tal estátua de pedra de que tenho um medo terrível em transformar-me. claro que uma vez por outra, lá vem tudo de uma vez e aqui a madalena, chora como arrependida... mas é mais fácil.
e eu, às vezes, custa-me tomar o caminho difícil... só porque sei que há um mais fácil. e deve haver algumas áreas da vida onde escolher o caminho mais calmo e facilitado não é pecado... certo?!
nota - tenho medo de me ir deitar e de repente começar a nevar outra vez e eu a dormir...
Olá! Hoje e ontem não nevou, mas ainda existe muita neve a 10 kms de Valongo, em Paredes e Penafiel... kisses
ResponderEliminarsra dona moi chéri...
ResponderEliminarComo eu te compreendo... por vezes parece bem mais fácil fazer de conta que tudo está na mesma... Ignorar a distância, a "partida"... Tornarmo-nos aos olhos dos outros cubos de gelo. o certo é que com o tempo, começamos mesmo a interiozar um pouco dessa insensibilidade que optamos por usar como máscara... Mas na realidade... sofremos mais do que muitos que mostram a toda gente o quanto sofrem...
b@abe: é verdade que sofremos. talvez mais que quem mostra. no entanto, tem-me acontecido ficar surpreendida com a minha frieza perante determinadas coisas. Isso assusta-me... não me reconheço. eu a chorona. a embirrante de tão sensível e chorona, de repente não sente, não se deixa abalar... devo estar a crescer... lol ;-)
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