2008/09/18

Ritual do Acasalamento

Hoje quero falar de um assunto que muito me intriga. Sim, é o que está no título.
Quando alguém nos entusiasma (do nosso sexo ou não, não faço distinções), há reacções que me parecem comuns a ambos os sexos: uma boa disposição excessiva, risota que não pára, um corar nas bochechas, uma energia electrizante que impede a costumeira embasbaquice em frente a um qualquer ecran (tv ou pc)... e isto quando estamos sozinhos a curtir a nossa paixoneta. Outro caso é quando a pessoa que nos atrai de alguma forma chega ao local onde estamos. Um riso estranhamente alto e agudo, para atrair a atenção do macho (sim, pronto, estou a falar das senhoras. Agora!). E continuamos a rir e a fazer uns movimentos demasiado exuberantes (para o normal), saídas estratégicas à casa de banho, para nos fazermos notar, conversamos com toda a gente, demasiada conversa....
Quando a atenção está finalmente conseguida (ou pensamos nós), procura-se a todo um custo, um tópico de conversa que nos mantenha em contacto. Seja ele qual fôr. E se fôr um que o faça falar muito, melhor. Porque assim podemos concentrar-nos só em olhar para os seus lindos olhos e trejeitos de boca, par apreender expressões que poderemos recordar nas horas seguintes quando não estivermos com ele.
Na verdade, o que estamos a fazer, de forma inequívoca, é dar-lhe a entender que estamos (descaradamente) interessadas. Damos umas risadas, fazemos sinal de entender o que nos dizem só com um olhar mais profundo, um piscar, um desviar... se não concordamos, dizemos delicamente a nossa opinião, sem finca-pé e mostrando sempre estarmos abertas a novas formas de ver o assunto.
Quanto a eles, os machos, quando se interessam por alguém, têm uma forma de andar muito particular. Caminham hirtos, poderosos, medindo cada passo. Passeiam a cauda de pavão de um lado para o outro, mas com um ar tão descontraído quanto possível, de forma a que pareça que as penas alçadas não é uma novidade, estiveram sempre assim... nada se passa. Está tudo normal. Casualmente perguntam "queres um café?" ou "ia ali beber um copo, queres vir?". Depois gostam de mostrar que são o macho alpha. Quem não está acostumado com o conceito, segue a definição: "aquele que comanda a sua tribo". É sabido que o poder sempre atraíu as mulheres (por via da reprodução), uma mulher quer que os seus rebentos herdem o máximo de qualidades possíveis e que essencialmente o seu macho consiga providenciar o sustento das crias. Ora sendo poderoso (ou assemelhando-se a isso) há mais possibilidades de isso acontecer.
Ai, mas estou-me a perder no tema.
O que eu de facto me pergunto (e essa é a razão do post) é dois pontos
travessão Estamos nós convencidos que os outros não vêm nada?! Que estamos a ser discretos? Que ninguém repara as alterações óbvias?!
Deixem as vossas opiniões e amanhã o tema é:
Como Camuflar um Engate?

3 comentários:

  1. Olhe o que tenho a dizer sobre o assunto é o seguinte:
    Fartam-se de me dizer para ver oque está à minha frente e eu não vejo nada.
    Estarei eu cego?

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  2. Ah ele é isso... Ainda bem que a Moi consegue descrever também o processo... fico grata... agora percebo muita coisa que até aqui me passava ao lado... Contudo, nos dias que correm para a fêmea torna-se cada vez mais dificil identificar os alphas da nossa tribo (digo eu...) atão não é que isto cada vez tá mais complicado... pois eu tenho a dizer que de alphas nem vê-los... Pergunto: Tarei de me contentar com os Betas???

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  3. A menina está em fase de acasalamento?

    Ai essas hormonas...

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