2013/02/03

1,2 e há-de vir o 3 e 4

1. acho que andar de um lado para o outro me faz perder o chão. adapto-me facilmente. absorvo, ajusto-me. mas depois é tudo tão rápido que às vezes perco o chão. habituo-me a reagir e quando dou conta já não sei de onde parti e o que eu queria mesmo. limito-me a reagir.
um dos antídotos é estar com quem me conheceu antes. não que eu seja outra. mas às vezes acho que não sou esta, mas também não sou a outra, como dizia o outro, passando o pleonasmo, redundância ou que seja pelo menos uma repetição. 
2. vai-se embora porque não tem sequer a esperança de conseguir fazer a sua vida por aqui. se pelo país todo é difícil, imagina numa cidade pequena do interior do país. mais uma de milhares que já foram, vão, estão a ir, e os que ainda não sabem que hão-de ir um dia destes. estamos a perder a malta nova a que pode realmente mudar isto. e provavelmente os que se vão embora primeiro são os mais activos, os que agem, se mexem, fazem mexer as coisas. provavelmente porque se apercebem primeiro da realidade. esta de que falo que foi hoje ou ontem ou há-de ir amanhã, é assim. activa. e eu invejo isso. já que não vamos a tempo de agir e prevenir e evitar, resta-nos reagir para acabar com este estado de sítio em que se tornou o nosso canto do mundo. quando? 


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