A grande sensação do momento é o novo Pingo Doce. Basta qualquer edifício estar fechado por uns dias, com obras que cria um sururu... e este criou e agora é impossível ir às compras. saudades dos tempos em que ninguém lá ia. Não sei se pelo frio que lá estava se pelas embalagens de fatias de fiambre verde e queijos frescos amarelos ou pelos legumes e frutas pisadas...
o que interessa é que está a abarrotar de gente e ontem na fila para pagar, uma senhora resolveu colocar-se ao meu lado em vez de atrás de mim. Não que me incomode particularmente as pessoas que estão meu lado, incomoda-me que tenha sido uma espécie de pressão que ela exerceu sobre mim. Ela queria que eu fraquejasse e abandonasse a fila. Eu sei.
para além de se posicionar à minha esquerda sem respeito pelo meu espaço vital - conseguiu bater com o ombro no meu - adoptou tácticas mais baixas e reprováveis: depois do choque ombral, resolveu roçar uma mama no meu braço enquanto se virava e batia com a bota de bico no meu pé, pouco protegido pelos ténis.
É importante referir que o supermercado estava à pinha, eu estava na fila e não tinha hipóteses de fuga, porque há frente estava uma família Fraggle Rock*.
A este ponto eu estava a sentir-me pressionada, apertada e (confesso) com medo. Vai daí, estudei uma hipótese de fuga: coloco-me de frente para ela, na tentativa de que ela percebesse que eu preciso de espaço, de ar a circular à minha volta. No momento em que eu me viro, sem o minímo de intenção de afronta (já disse que me estava a sentir intimidada e receosa?) ela resolve bocejar. Mas quando digo bocejar refiro-me a um abrir de boca monstruoso, que me permitiu ver todas as cavidades, podres, tártaro e pontes e dentes postiços que tinha na boca assim como me prendou com um som característico de quem podia muito bem estar no seu sofá, na paz, tranquilidade e especialmente privacidade do lar. Não vou falar do hálito bafo-de-bode que pode causar náuseas aos mais sensíveis e especialmente porque é hora de almoço.
e era mesmo só isto que eu tinha para partilhar.
*
Havia os Fraggles, os fazedores e os monstros. Tu, querias dizer monstros, porque os Fraggles, muito respeitinho por eles, eram e saõ uns queridos como tu!!!!
ResponderEliminarolá! Os Pingos Doces, daqui de Valongo também sofreram a mesma remodelação. Quando lá fui, ver a " casa nova " fiquei espantado. Preferia, como estava antes! Uma coisa que falta em Valongo é sala de cinema. beijos e um bom fim de semana
ResponderEliminarEra disto que eu tinha saudades!
ResponderEliminarA Coop. tem um serviço de compras on-line. Funciona. Os srs. que vêm entregar as compras são bem mais simpáticos do que as colegas da loja. Experimente.
ResponderEliminarCamolas: chamavam-se mesmo Monstros? É que pus Fraggle Rock porque não me lembro dos nome dos bichos grandes e desajeitados!
ResponderEliminarSim eram os monstros que guardavam as cebolinhas que os Fraggles com imaginação e arriscando o pêlo tinham de surrupiar, com a ajuda claro da "lixeira" , uma espécie de oráculo.
ResponderEliminar