Não é justo. Não é aceitável. Não é assim que devia funcionar.

De ti guardo: uma panela XL para uma caldeirada ou açorda ou já não sei, para muitos e uma bonequinha com que me surpreendeste quando foste à Rússia.
Isto é o que eu posso olhar e tocar. Uma panela e uma boneca. Uma panela enorme e uma boneca diminuta.
E tu, que grande que és! Com uma gargalhada sempre pronta, mesmo quando (e penso que especialmente) tudo aponta para o contrário.
Ficamos cá a recordar as histórias loucas, as bondades exageradas, a loucura que surpreendia todos, a brutidade em doses cavalares acompanhada de uma sensibilidade com que poucos são brindados. Ficamos cá todos para nos lembrarmos de ti e rirmos contigo dos disparates, das distracções, dos jogos de paintball, das viagens para frança num carro emprestado, da garota de programa de francelos e outras tantas, tantas, tantas...

Só me lembro de ti com risos, com uma admiração brutal pela generosidade, a bondade, o altruísmo... "Um bom homem, este meu amigo, um grande homem!" é isto, Pedro. Risos, gargalhadas e um abraço sempre.