2010/01/19

Relativamente aos apoios anuais da Direcção Geral das Artes para 2010



Em 2010 a região do Alentejo obtém mais de 2.500 euros que o ano passado, mas em vez de ter a possibilidade de ver dois projectos apoiados, estes passam a 5.
Ou seja temos 85 000 euros para dividir por 5 projectos (teatro, dança, música, artes plásticas e fotografia e cruzamento disciplinar).
Se forem atribuidos realmente a 5 projectos (que duvido seriamente) e se os parcos euros forem divididos irmamente, cada estrutura apoiada fica com 17 000 euros a dividir por 12 meses de trabalho de regular.
Ou seja, aquilo que podia ser uma boa medida: aumentar o numero de projectos apoiados, transforma-se numa trapalhada, num atirar areia para os olhos de quem trabalha e já se acostumou a andar com eles bem abertos.


Eu sei que isto não é assunto que interesse à grande maioria da população. Sei que há milhares de pessoas que se estão nas tintas para isto. Sei também que isso é um problema, sei que esta inércia e não querer saber é o que dá carta branca às entidades competentes para avançar a estas ideias mirabolantes e estes "apoios" fantochada. Sei disso tudo.
O que custa é que quem trabalha na área da cultura tenha a mesma atitude. E enquanto a cultura e as artes deste país estiverem neste bem disposto "não quero saber" as coisas vão continuar assim. É preciso um murro na mesa dado por muitas mãos, por todas as mãos.

3 comentários:

  1. Pois, tens toda a razão. Mas como é que se faz isso? A classe artística (se é que existe tal coisa) é tão desunida quanto as outras todas: só guerrinhas e invejas e não-quero-saber. Como é que se põem as pessoas em convergência, ou pelo menos, em contacto? E mais: como é que se põe a sociedade civil a querer saber destas coisas?

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  2. Isso leva-me a dizer, que esse dinheiro, é muito pouco, para os projectos que se querem fazer, e pelo que li, existem tantas áreas por onde se dividir o dinheiro. Se se gasta tanto dinheiro em Futebol, a ver o futebol, porque não existem ainda mais incentivos na área do teatro? beijos

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  3. O homem comum está-se nas tintas para a cultura, por esse motivo somos enrabados em cada esquina.
    Ao poder interessa tudo menos gente que pense e seja crítica.
    O teatro sempre foi e há-de ser uma actividade libertadora capaz de transformar escravos em senhores e isso não interessa aos "negreiros".

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