é assim que eu vou andando... com a cabeça entre as orelhas, e pouco mais...

o que me apetece é escrever, bater com os dedos nas teclas conforme me vão surgindo palavras na cabeça, ou sem sequer passarem pela cabeça ou pela parte consciente que nos permite censurar... e bato com os dedos nas teclas porque já não tenho idade para bater os pés no chão, cruzar os braços e fazer beicinho!

ir andando, escrevendo...

é como tenho passado os dias... andando, falando, respondendo.

agora que tenho o pc arranjado, resolvi ir à tmn ver do meu telemóvel. arranjo: 95€, quando ele me custou 80... está na garantia, mas eles dizem que há vestígios de humidade no display. se eu nem sei o que é display... mas eles alguma vez me iam arranjar aquela porcaria à borla? se eles me dissessem que o maquinista tinha morrido e não era responsabilidade deles, era igual. como é que eu vou discutir isto?

e tenho um puzzle para fazer.

e tenho folhas A3 para pintar, e a minha manta de malha para acabar (o projecto inacabável) e não apetece nada... mas nadinha mesmo. estou com preguiça de me mexer, de me esforçar.

e quero-me queixar, queixar, queixar....pffff acho que estou com um horrível ataque de auto-comiseração. são cíclicos. períodos em que me convenço que de facto há pessoas que só existem para me dificultarem a vida, que há gente que se diverte a avariar-me os telemóveis e os pc's, que se riem de acda vez que fico sem rede na placa de net.

alturas em que parece que ando permanentemente debaixo de uma nuvem escura. eu sei que eu sou eu que a provoco, mas não consigo passar a outro estado sem passar por este primeiro. é o caminho necessário. a passagem pela casa da partida, sem receber os dois contos.

acrescento - a obra de arte aqui presente, é de minha autoria e pretende representar a minha pessoa. ou seja, é um auto-retrato. o facto de parecer um homem não é consequência da minha fata de jeito, mas porque é mesmo assim que me encontro.