quando era pequena um dos grandes prazeres em ir à praia era ficar à beirinha da água e deixar-me embrulhar pelas ondas. deixava-me ir até àquela confusão de não saber qual é o cimo e qual é o baixo, o quase pânico de não ter ar.... até que no momento exacto em que o quase pânico se transforma em pânico de facto, a onda ia embora e ali estava eu: à beira da água, à espera de outra onda.
hoje já não faço isto, primeiro porque tenho medo (é ridículo, mas parece que crescem connosco, os medos) e depois que graça teria uma trintona espojada à beira da água a deixar-se levar e trazer pelas ondas?
é curioso que a sensação de embrulhanço surja tantas vezes. o quase pânico de não ter ar, a espuma a toldar os olhos, o sal que faz arder, não saber para que lado está o chão, não conseguir deitar mão a nada que garanta segurança. e isto tudo sem ondas.
Olá! E podes voltar a fazer isso, se te apetecer, sem ter receio do que os outros possam pensar. Não há mal nenhum em fazer isso, sempre que te apetece. Se tens medo, é outra coisa. Eu também não me chego ao pé da água, pois não sou muito de banhos de mar, mas vou molhar os pés de vez em quando. Beijos e continuação de um bom descanso! Daqui a um mês volto para comentar o que tu escreves. continuação de um bom Domingo!
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