2008/07/17

óleo?! blhac que nojo!

Recebi um mail da Fundação AMI e se há instituição que mereça apoio é sem dúvida a AMI pelo trabalho que tem desenvolvido em territórios de extrema pobreza, de conflitos ou catástrofes naturais.
Desta vez o mail tem um objectivo ecológico: o que fazer com os óleos de cozinha já usados? A opção mais recorrente e usada é: atirá-lo pela sanita ou lava loiça... ERRADO!!!
Até agora a solução era guardar a garrafa vazia do óleo e quando este já não servisse, voltava a meter-se lá dentro e lixo com ele. (Isto porque a garrafa do óleo não se pode reciclar por causa da gordura) Mas agora já há outra solução bem melhor. Leiam com atenção o que se segue:

(...) A partir de dia 15 de Julho, a AMI lança ao público este projecto que conta já com a participação de milhares de restaurantes, hotéis, cantinas, escolas, Juntas de Freguesia e Câmaras Municipais.
A AMI dá com este projecto continuidade à sua aposta no sector do ambiente, como forma de actuar preventivamente sobre a degradação ambiental e sobre as alterações climáticas, responsáveis pelo aumento das catástrofes humanitárias e pela morte de 13 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.
Os cidadãos (...) poderão fazer a entrega numa garrafa fechada, dirigindo-se a um dos restaurantes aderentes, que se encontram identificados e cuja listagem poderá ser consultada no site www.ami.org.pt.
Os estabelecimentos que pretendam aderir, recebendo recipientes próprios para a deposição dos óleos alimentares usados, deverão telefonar gratuitamente para o número 800 299 300.
Este novo projecto ambiental da AMI permitirá evitar a contaminação das águas residuais, que acontece quando o resíduo é despejado na rede pública de esgotos, e a deposição do óleo em aterro. Os óleos alimentares usados poderão assim ser transformados em biodiesel, fornecendo uma alternativa ecológica aos combustíveis fósseis, e contribuindo desta forma para reduzir as emissões de Gases de Efeito de Estufa (GEE). Ao contrário do que por vezes acontece com o biodiesel de produção agrícola, esta forma de produção não implica a desflorestação nem a afectação de terrenos, nem concorre com o mercado da alimentação.
São produzidos todos os anos em Portugal, 120 milhões de litros de óleos alimentares usados, quantidade suficiente para fabricar 170 milhões de litros de biodiesel. Este valor corresponde ao gasóleo produzido com 60 milhões de litros de petróleo, ou seja, o equivalente a cerca de 0,5% do total das importações anuais portuguesas deste combustível fóssil. (...)
Segundo a União Europeia, o futuro do sector energético deverá passar pela redução de 20% das emissões de GEE até 2020, assim como por uma meta de 20% para a utilização de energias renováveis. Refere ainda uma aposta clara na utilização dos biocombustíveis, que deverão representar no mínimo 10% dos combustíveis utilizados.
A UE determina ainda que os Estados-Membros deverão assegurar a incorporação de 5,75% de biocombustíveis em toda a gasolina e gasóleo utilizados nos transportes até final de 2010 e o Governo anunciou, em Janeiro de 2007, uma meta de 10% de incorporação de biocombustíveis na gasolina e gasóleo, para 2010.
As receitas angariadas pela AMI com a valorização dos óleos alimentares usados serão aplicadas no financiamento das Equipas de Rua que fazem acompanhamento social e psicológico aos sem-abrigo, visando a melhoria da sua qualidade de vida.

Parece-me uma iniciativa bem porreira e vou confessar que quando vi pensei: "ah, em Beja não deve haver..." Surpresa! Há 5 estabelecimentos aderentes! Não são muitos, mas já é qualquer coisa. E este tipo de intervenção deve ser encorajada. Por isso toca a ir comer aos seguintes locais:
Hotel Rural Vila Galé - Clube de Campo Herdade da Figueirinha Santa Vitória
Casa de Pasto O Tunel - Praça da Republica
Snack-Bar-Restaurante Os Gémeos - Rua Escritor Ferreira de Castro nº32
Cafe Cruzeiro - Rua Jose Domingos Varandas nº25
Casa do Povo das Neves - Rua Soares Garrido nº9 Nossa Sra das Neves

2 comentários: